sexta-feira, 30 de julho de 2010
não é que precise...
Quero a sensação de montanha-russa na barriga. Melhor, quero ser eu a montanha-russa.
terça-feira, 27 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Sentada no chão de madeira do meu quarto abro a caixa grande e pesada. Lá estão os meus doze diários, escritos desde os doze até aos quinze anos, cada um com cadeado, porque lá dentro há segredos. Há frases escritas a cores, corações recortados em papel cor-de-rosa, pequenas flores oferecidas à saída do liceu e, sobretudo, inocência. O intuito é rever a minha estória, agora com olhos de quem já é capaz de detectar sinais e sintomas, para ajudar de algum modo o longo caminho que começou há dois anos, do lado de cá primeiro. Em vez disso, perco-me na caligrafia, que muda conforme as novidades sejam boas ou más; na simplicidade da descrição daquilo que se sente, sem grandes dúvidas, sem medo das circunstâncias; na forma simples como se ultrapassava o que hoje demora a ultrapassar. As primeiras danças, os primeiros beijos, as primeiras conversas envergonhadas sem olhos-nos-olhos. As primeiras emoções e sensações. Ainda bem que registei tudo, mesmo que custe recordar pela nostalgia e saudade que causa.
parque com os sobrinhos
É tão bom perceber que continuo a conseguir fazer o que fazia com onze anos.
Só me alimenta a ilusão de que continuo uma miúda.
Só me alimenta a ilusão de que continuo uma miúda.
domingo, 18 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Temos sempre a esperança de que os outros, que estão à volta e se comportam como pessoas decentes num café, tenham problemas de audição.
Confidências de um nível absurdo são feitas enquanto os pés descalços de cada uma se aninham em cima dos sofás verde-seco.
sábado, 10 de julho de 2010
Bobby: Is today the day?
Kate: I don't know. Maybe.
Bobby: What's your gut tell you?
Kate: That I'm nauseous.
Bobby: How 'bout less literally...
Kate: I'm afraid of deciding.
Bobby: I'm not afraid of either scenario, but it's just - I want this to be something we're doing, not something we're not doing.
Kate: What does this mean?
Bobby: This, meaning whatever we decide.
[Uncertainty]
Kate: I don't know. Maybe.
Bobby: What's your gut tell you?
Kate: That I'm nauseous.
Bobby: How 'bout less literally...
Kate: I'm afraid of deciding.
Bobby: I'm not afraid of either scenario, but it's just - I want this to be something we're doing, not something we're not doing.
Kate: What does this mean?
Bobby: This, meaning whatever we decide.
[Uncertainty]
Queria conseguir escrever, mas acho que desaprendi. Agora das pontas dos dedos só saem termos clinicos, frases que constroem diagnósticos, páginas escritas com o intuito de uma avaliação final que me faça sentir que estes sete meses de estágio foram reconhecidos. Queria conseguir escrever e descrever com metáforas espectaculares o que sinto, o que aprendi e o que perdi. Mas já não consigo. Gostava de escrever nem que fosse uma estória inventada, extraordinária, para onde todos aqueles miúdos pudessem fugir sempre que precisassem.
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