domingo, 9 de dezembro de 2007

Fev/Mar/Abr

Abro os olhos e fecho-os imediatamente. Já é de manhã mas o quarto está escuro, tal como se fosse inicio de noite. Aos poucos tomo consciência de que estou a acordar e o que parece um espaço mental em branco, em milésimos de segundo é preenchido por dezenas de pensamentos reais. Dói. Passam-me pela memória os últimos acontecimentos das últimas semanas. Dói. Parece que a minha penitência é ser obrigada a rever tudo desde o inicio, com sensações incluídas. É como se estivesse ligada a uma máquina de tortura e todas as manhãs pressionassem o botão para me fazer lembrar do que é impossível esquecer. Um castigo, e como doí. Dói sobretudo quando o sonho é o desejo da realidade, quando ouço palavras durante a noite que tanto gostava de ouvir acordada. Levanto-me porque tem de ser, mas com a infeliz promessa de que amanhã vai ser igual. Só não sei até quando.

1 comentário:

cacau disse...

Menina... se a promessa é que amanhã tudo será igual, promete a ti mesma que devagarinho devagarinho, ou rápido como o pepe rápido, vais tornar o amanhã diferente :) e sorri sempre ao dia que tens pela frente, ainda que seja apenas uma fita...