sexta-feira, 30 de julho de 2010

não é que precise...

Quero a sensação de montanha-russa na barriga. Melhor, quero ser eu a montanha-russa.
Finalmente o caderno preto, que me foi oferecido, exerce a sua função.
As páginas imaculadas já não intimidam.
Mas talvez a tinta o faça quando deixar a sua marca.

not so sure

Dizem por aí que "as paixões de verão ficam enterradas na areia"
Depois de tantos "mas afinal quando é que vens?", já é altura de começar a contar os dias, que só espero que passem a correr. Quase 9, 2 anos depois. É tempo de mais para dois amigos como nós.
"Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento, agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer."
António Feio

Chegam os verões e é isto...

Hoje cheirou-me ao sótão da casa da I. em São Lourenço.

terça-feira, 27 de julho de 2010

um dia somos dois todos os dias

ouvi dizer.

Bem que a I. me disse que depois da primeira iria querer a segunda. Por agora já sei o local onde a quero, mas falta-me o desenho. E também esta vai ser desenhada por mim.

sábado, 24 de julho de 2010

feira da ladra

Tenho de voltar a passar um dia inteiro a vender
Às vezes apetecia-me marimbar para tudo e seguir aquilo a que ela chamaria de "easy way".

quinta-feira, 22 de julho de 2010

mesmo que algo mude, nunca será suficiente...
...e a meia pastilha há-de ser sempre apenas meia pastilha.

Sentada no chão de madeira do meu quarto abro a caixa grande e pesada. Lá estão os meus doze diários, escritos desde os doze até aos quinze anos, cada um com cadeado, porque lá dentro há segredos. Há frases escritas a cores, corações recortados em papel cor-de-rosa, pequenas flores oferecidas à saída do liceu e, sobretudo, inocência. O intuito é rever a minha estória, agora com olhos de quem já é capaz de detectar sinais e sintomas, para ajudar de algum modo o longo caminho que começou há dois anos, do lado de cá primeiro. Em vez disso, perco-me na caligrafia, que muda conforme as novidades sejam boas ou más; na simplicidade da descrição daquilo que se sente, sem grandes dúvidas, sem medo das circunstâncias; na forma simples como se ultrapassava o que hoje demora a ultrapassar. As primeiras danças, os primeiros beijos, as primeiras conversas envergonhadas sem olhos-nos-olhos. As primeiras emoções e sensações. Ainda bem que registei tudo, mesmo que custe recordar pela nostalgia e saudade que causa.

parque com os sobrinhos

É tão bom perceber que continuo a conseguir fazer o que fazia com onze anos.
Só me alimenta a ilusão de que continuo uma miúda.

domingo, 18 de julho de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Assim custa acordar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Amanhã vou entregar o filho que andei a criar durante quase nove meses. Até ao final do mês roem-se as unhas.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

sonhos cheios de simbolismos que fazem acordar pelas 6h.

Temos sempre a esperança de que os outros, que estão à volta e se comportam como pessoas decentes num café, tenham problemas de audição.

Confidências de um nível absurdo são feitas enquanto os pés descalços de cada uma se aninham em cima dos sofás verde-seco.

sábado, 10 de julho de 2010

Bobby: Is today the day?
Kate: I don't know. Maybe.
Bobby: What's your gut tell you?
Kate: That I'm nauseous.
Bobby: How 'bout less literally...
Kate: I'm afraid of deciding.
Bobby: I'm not afraid of either scenario, but it's just - I want this to be something we're doing, not something we're not doing.
Kate: What does this mean?
Bobby: This, meaning whatever we decide.


[Uncertainty]
Queria conseguir escrever, mas acho que desaprendi. Agora das pontas dos dedos só saem termos clinicos, frases que constroem diagnósticos, páginas escritas com o intuito de uma avaliação final que me faça sentir que estes sete meses de estágio foram reconhecidos. Queria conseguir escrever e descrever com metáforas espectaculares o que sinto, o que aprendi e o que perdi. Mas já não consigo. Gostava de escrever nem que fosse uma estória inventada, extraordinária, para onde todos aqueles miúdos pudessem fugir sempre que precisassem.