sexta-feira, 1 de outubro de 2010

elogio sincero

"se eu não fosse louco, perdia-me nos teus braços", disse-me um arrumador de carros.

Ainda bem que ele não sabia que estava a falar com uma psicóloga.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O verão acabou hoje, para mim. E com o início do outono vem a nostalgia, as obrigações e a vontade de tornar palpáveis os planos mentais. São tantos meses ainda...

"Vou-te buscar. Agora. Prepara-te"

Dois Hondas Civic type-R transformados. Mais ideias para a tese. Juro que gosto disto. Ajudar a arrumar a casa, todas as divisões sem excepção. Desarrumar o sofá, o sitio de sempre. Recompor de novo. Ajudar a levar tudo para o carro mas de saltos altos não dá jeito carregar com pesos. Sempre desenrascada, como sou, descalço-me e deixo os sapatos num qualquer patamar enquanto levamos o lixo para a rua do lado. Corro descalça pela estrada, com sacos em cada mão. E nesse momento sinto-me tão puramente alegre. Solta. Diferente. Tudo no carro. O coração aperta e retorce-se. Felizmente os planos de partida à 1h prolongaram-se para as 3h. A ponte à noite, linda, que nos recebeu do outro lado no primeiro dia e que agora nos dá passagem para a rotina do costume. Abraço apertado. Não chega, porque nunca chega quando se adora. Aqueles olhos virados para mim, sorriso sentido.

Até Dezembro, dizes tu.

às 03:10 um bocadinho de mim foi para longe

Definitivamente não sei lidar com despedidas destas. Antecipo-as muito tempo antes e na hora H é como se me arrancassem parte da vida. Nunca sei o que fazer porque quero absorver tudo com os olhos, com os abraços, com o olfacto. Pareço uma louca a querer reter a maior quantidade de memórias sensoriais possível. Sinto sempre que ficou qualquer coisa por dizer, por fazer. E fica sempre. Fica sempre porque eu faço demasiados planos na minha cabeça. E depois não se cumprem porque eu não controlo tudo, e fico assim, com um sentimento de perda e de vazio.

domingo, 19 de setembro de 2010

Tenho aquele cheiro a Domingo na pele.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

continuo a não conseguir dormir em camas alheias

Acordada há mais de 36h e há 24h fora de casa. 7 pessoas numa casa, mais desconhecidas do que outra coisa. Jogos de cartas. Cozinhar algo indecifrável às 8h, comer e achar que é óptimo porque a fome é mais que muita. Tanto sono. Camas para todos. Sono. Jantar fora. Muito sono. Regressar à casa. Não descansar. Esquecer que há sono. Sair e pedir para acelerar cada vez mais porque tenho necessidade de adrenalina no corpo. Pena por não ser corajosa o suficiente para, minutos depois, estar numa auto-estrada com a máquina a passar os 200km/h. Queria. Ultimamente quero tudo. Muito.

domingo, 12 de setembro de 2010

procurar o meio-dia às duas da tarde.

O passado dói, no presente, de tão boas recordações que tem.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Agora mesmo, só precisava dum abraço. Um abraço silencioso que transbordasse compreensão e que me fizesse desacelerar os pensamentos tristes que se pavoneiam às 3H04 pela minha cabeça.
Não lido de ânimo leve com separações, sejam elas de que género forem. Despedir-me de alguém que vai para longe, sem sequer ter uma ideia de quando a vou voltar a ver, é forte de mais para mim. Principalmente quando a presença dessa pessoa me enche o vazio que sinto ultimamente. Preciso dos amigos perto.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Desta vez foi verdade, houve mesmo música e dança a um Domingo!

sábado, 4 de setembro de 2010

she wants to dance. she loves to dance.

Dá-me tanto gozo ter os músculos todos doridos por causa de duas longas noites de dança!

amigos que me aconchegam.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

retomar laços II

Há onze anos, de tanta vergonha que tinha só por estar perto, os meus olhos fitavam constantemente o chão, sem conseguir manter um olhos nos olhos. Toda eu vibrava quando a meio da aula me atirava pedacinhos de borracha ou quando copiavamos um pelo outro nos testes. Foi o meu primeiro beijo a sério e o meu primeiro desgosto de amor. Tinha eu 12 anos e achava que a vida não tinha nada de mais sério do que o nosso namoro. Foi o meu sweetheart do liceu e nunca mais o vi de outra forma durante os três anos seguintes. Acredito que o meu fascínio só terminou porque ele mudou de escola.

Hoje, atravessei o Tejo de barco sozinha e do outro lado lá estava ele. Aparentemente igual mas sem cabelo. Rapou porque está com entradas. O sorriso está lá, assim como os pormenores que antes sabia de cor mas que hoje se foram avivando na minha memória. Hoje, olhei-o nos olhos, as minhas mãos não tremeram de nervoso miudinho, mantivemos conversas que fui eu a iniciar e ainda o fiz rir.



Quem baixa âncoras também as consegue levantar.

Todas.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pedro Rui Furtado Coutinho

ou a forma mais absurda de tentar encontrar alguém usando a internet, depois de todas as opções viáveis não terem dado certo.

domingo, 22 de agosto de 2010

emancipei-me

agora uso saias acima do joelho, coisa que não fazia desde 2006. Não quero saber, tenho celulite, pois tenho, mas não é aos 40 que vou usar mini-saias!

sábado, 21 de agosto de 2010

Só reparei agora que tenho um sinal novo e pequenino. Perto da anca. Gostei.

vontade de última hora:

banhos de mar... à noite. Com o luar reflectido na água a perder-se de vista.




sexta-feira, 20 de agosto de 2010

acabei de ouvir o Malato a falar de mim na RTP1:

"Cuidado com as raparigas de Psicologia. Elas são tramadas!"

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ensaio

a 24h de 4 dias de Maré de Agosto

Escrevi três textos sobre o festival da minha vida, mas desisti. Percebi que não há forma de passar para palavras, mesmo que escritas, memórias e episódios tão cheios de cheiros, de vozes, de pessoas, de arrepios na pele, de música, de dança, de gritos, de riso, de paixões, de alegria, de nós na garganta, de discussões, de sobressalto, de toques, de planos. Foram dez anos de Maré onde marquei presença desde os nove anos e, pela última vez, com vinte e dois anos.

Este é o meu festival, na minha ilha.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Bad dreams bad dreams, go away
Good dreams good dreams, here to stay

domingo, 15 de agosto de 2010

02:55

- Estou aqui. Estás acordada não estás?

Pediu-me para ir para aquele sítio onde estivémos há dois anos mas, tímido, disse que não sabia como ir. Chegámos e saímos do carro. Descalcei-me de imediato, pronta para três horas de conversa para meter dois anos em dia. Queria-o mais perto, não num país onde o volante fica à direita.

Continuo a achar que aquele é dos sitios mais bonitos em Lisboa, à noite. Nem que seja pelas recordações e pelas luzes que desenham um colar de rubis e diamantes.