"Eu ouvi um carro passar, fiquei com a pele arrepiada, porque foi como uma gota de sumo de laranja que nos escorre pela cara e nos faz rir... o fluido da criação nasce em lagos e não em nascentes...a índole chove numa chuva oblíqua, que das nuvens nos vem directa para os olhos. Os olhos são as janelas das paredes das casas, transparentes, sempre guardando o nós sermos diferentes e tão iguais, os olhos. Isto é dum armário que só tem roupas brancas e cinzentas, as roupas do armário.
E quando a primavera chegar, o calor perguntar-se-á pela bondade de cada uma das nuvens que o refrescam, cantando a falar dizendo a falar dizendo. Cada chávena de café anseia por uma ilustração imaterial de toda brancura, mais pálida e escura, que um gira-discos fatal. O gira-discos fatal é o destino que come gelados de morango. E quem sabe se cada um desses gelados não tem o código genético de um sonho? um sonho que no fundo é o eu estar, andar e voar por uma autoestrada que tinha sido feita só para autocarros?
O mundo é amarelo, mas ninguém se importa com a relva seca que cresce no fundo dos oceanos e que esconde a beleza de qualquer altar ornamental, artificial em constante veneração imprópria e desigual... do qual escorrem gotas, gotas de lágrimas feitas de lixívia que se dissolvem na lama em vez de a dissolverem com ímpeto. agora é o silêncio: do outro lado da rua vai o meu herói, olhem para ele, é ordinário. tem cristais verdes no bolso e vai almoçar. Nem sempre foi assim, muito menos quando os pássaros costumavam ser de fogo e viviam num mundo diferente do nosso
Entro na missa. A voz do padre confunde-se com o passar de um autocarro que faz trepidar as crenças de uma vela apagada que ainda deita fumo. Por debaixo do altar, um pequeno rato treme de frio, na escuridão e no inseguro.
O que seria se de nós se dormíssemos encolhidos todas as noites, fazendo com que o nós sermos verdadeiros nos metesse medo e nos fizesse estar sempre a dormir? Talvez os olhos que vi no outro dia...uns olhos em forma de rodela de kiwi, fossem as rodas de um eléctrico que sobe uma colina só porque quer ver melhor a paisagem...
Apetecia-me um chupa-chupa de limão. só porque se vê melhor o pauzinho.
Vejo homens, que levam seus cães a passear, amarrados por daquelas coleiras que se esticam e voltam para trás... estranha visão, como parece que é o cão que passeia o dono...
O livro está agora molhado, porque o livro é o eu ser um amigo do sol a não ser que seja um pedaço de folha de árvore rasgada pelo bem de uma mão e de a aragem de vento ser quente demais.
Uma lápide. branca, que parece um bolo...deixa-nos água na boca."
E quando a primavera chegar, o calor perguntar-se-á pela bondade de cada uma das nuvens que o refrescam, cantando a falar dizendo a falar dizendo. Cada chávena de café anseia por uma ilustração imaterial de toda brancura, mais pálida e escura, que um gira-discos fatal. O gira-discos fatal é o destino que come gelados de morango. E quem sabe se cada um desses gelados não tem o código genético de um sonho? um sonho que no fundo é o eu estar, andar e voar por uma autoestrada que tinha sido feita só para autocarros?
O mundo é amarelo, mas ninguém se importa com a relva seca que cresce no fundo dos oceanos e que esconde a beleza de qualquer altar ornamental, artificial em constante veneração imprópria e desigual... do qual escorrem gotas, gotas de lágrimas feitas de lixívia que se dissolvem na lama em vez de a dissolverem com ímpeto. agora é o silêncio: do outro lado da rua vai o meu herói, olhem para ele, é ordinário. tem cristais verdes no bolso e vai almoçar. Nem sempre foi assim, muito menos quando os pássaros costumavam ser de fogo e viviam num mundo diferente do nosso
Entro na missa. A voz do padre confunde-se com o passar de um autocarro que faz trepidar as crenças de uma vela apagada que ainda deita fumo. Por debaixo do altar, um pequeno rato treme de frio, na escuridão e no inseguro.
O que seria se de nós se dormíssemos encolhidos todas as noites, fazendo com que o nós sermos verdadeiros nos metesse medo e nos fizesse estar sempre a dormir? Talvez os olhos que vi no outro dia...uns olhos em forma de rodela de kiwi, fossem as rodas de um eléctrico que sobe uma colina só porque quer ver melhor a paisagem...
Apetecia-me um chupa-chupa de limão. só porque se vê melhor o pauzinho.
Vejo homens, que levam seus cães a passear, amarrados por daquelas coleiras que se esticam e voltam para trás... estranha visão, como parece que é o cão que passeia o dono...
O livro está agora molhado, porque o livro é o eu ser um amigo do sol a não ser que seja um pedaço de folha de árvore rasgada pelo bem de uma mão e de a aragem de vento ser quente demais.
Uma lápide. branca, que parece um bolo...deixa-nos água na boca."
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