Dá-me prazer ir às livrarias e passar os olhos pelas cores e desenhos das capas. Passar as pontas dos dedos pelos títulos em relevo gravados nas encadernações de capa dura. Andar por entre as prateleiras cheias de histórias e pegar num livro escolhido pelo titulo que me chamou a atenção, desfolhá-lo e aproximá-lo do nariz para cheirar as folhas ainda impecáveis, tique que tenho desde sempre. Contudo, prefiro particularmente os livros de folhas já amareladas com cheiro a humidade e a antigo. Prefiro aqueles livros com as páginas já usadas e relidas com frases sublinhadas, porque me parecem mais vividos pois já cumpriram o seu papel: fizeram alguém viajar pelas palavras. Quem nunca seguiu os carris negros impressos nas folhas brancas sem se deixar transportar, com a ajuda da imaginação, para lugares remotos, escutar conversas secretas, presenciar romances proibidos e visitar tempos passados e futuros?
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