(…) o panorama ou enredo do sonho tem uma existência cognitiva própria, isto é, revela-nos pensamentos a que sem eles não tínhamos acesso, pensamentos esses elaborados (concebidos) a partir de memórias somáticas e emocionais não conscientes. O sonho exprime, por imagens e cenas, o desenrolar e resultados de um processamento cognitivo extraconsciente.
Interpretar os sonhos pressupõe uma exigência cognitiva: descobrir os pensamentos latentes e perceber a gramática do sonho. O sonho faz, então, aparecer aquilo que sem ele jamais seria visto. As verdades que revela são sinais de fogo (sensações, emoções, sentimentos) que jamais se extinguiram.
O sonho transforma em pensamento e imagem o que o corpo sente sem saber que sente.
in Mais Amor Menos Doença
António Coimbra de Matos
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