A pequenina sorriu quando me viu e quis logo mostrar-me os brinquedos novos. Hora de adormecer. Lembrou-se que não estava nem a mãe nem o pai e começou a fazer beicinho e com lágrimas a escorregarem-lhe pelas bochechinhas. Esticou os braços para eu lhe pegar ao colo e agarrou-me com força enquanto eu a baloiçava devagarinho e lhe fazia festinhas no cabelo para a sossegar. Um bocadinho depois desembaraçou-se do meu colo e aninhou-se no meio das almofadas e do lençol. Pus a minha mão perto da dela, porque já lhe conheço as manias e sei que ela gosta de mexer nos dedos dos adultos até adormecer. Poucos minutos depois os olhos pestanudos começavam a ceder ao sono e a respiração ficou mais solta. Tapei-a, encostei a porta e pensei como enche o coração estar no mundo das crianças nem que seja só por quatro horas.
1 comentário:
bem, que ternura este post...imagino como será quando for com teu sobrinho/a :)
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