segunda-feira, 13 de abril de 2009

Chegar a casa a meio da tarde depois de ter saído antes de jantar do dia anterior é bom. Andar pela rua com os olhos semi-cerrados de sono e com a sensação de que todos à minha volta parecem estar cheios de energia enquanto eu preciso de pedir autorização aos braços para vasculhar as chaves de casa na mala, até me faz sorrir para dentro. Chegar a casa e meter-me logo na banheira para ver se desperto com a água morna, também sabe bem. Tudo isto porque me custa adormecer em camas alheias, dou voltas atrás de voltas, troco de almofada, deito-me de barriga para baixo e depois tento de barriga para cima. Empurro a outra metade para a outra ponta da cama para ter mais espaço e pouco depois vejo a primeira luz do dia a entrar pelas frestas dos estores. É aí que o corpo, que já não aguenta mais o cansaço de um dia em cima de saltos altos e de passeios nocturnos, acaba por se entregar ao colchão e à almofada que lhe são desconhecidos. Acordo duas horas depois, com a outra metade a dar-me um abraço leve. Nada paga assistir aos olhos a abrir, devagarinho, ainda ensonados. Bom dia.

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