terça-feira, 20 de outubro de 2009

xi

Gosto de abraços ao meu redor. Gosto de estar na rua e de ver pessoas a abraçarem-se e de sentir vontade de sorrir com esses abraços que nada têm a ver comigo. Os abraços que vejo sabem-me a cumplicidade de olhares e a intimidade nas conversas. Os abraços têm o peso do carinho e de amizades curtas ou longas mas que marcaram e marcam. Não abraço qualquer pessoa. O abraço para mim é a mais sentida manifestação de tudo de bom que uma relação pode ter. Braços pequeninos estendidos para se agarrarem ao meu pescoço. Braços fortes e largos que me abraçam e quase me fazem desaparecer para dentro do meu mundo. Braços que abraçam, braços que carregam, braços que apaziguam, braços que suportam, braços que se arrepiam, braços que se enfeitam.

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