Ontem saltei por cima de poças de chuva. Andei de braço dado e abraçada debaixo de um chapéu-de-chuva minúsculo numa Rua Augusta quase deserta. Molhei-me e molhei por ter ataques de riso enquanto segurava o chapéu. Fui de uma ponta a outra da cidade enroscada no braço esquerdo e com dedos entrelaçados. Ri e fui chamada à atenção por estar a falar alto, tantas vezes, que perdi a conta. Cheguei a casa com os cabelos encharcados, com o corpo húmido da chuva que molhou o casaco, mas com o coração a ferver de contentamento.
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