sábado, 1 de março de 2008


o sobrinho com o pai
(photografia por Jane)

Primeira praia do ano. A areia entre os dedos dos pés e salpicada pela pele soube bem. A água gélida, pouco diferente de como está no Verão, piscou-me o olho para um banho longo com cambalhotas e braçadas em direcção ao inatingível horizonte. Já falta pouco.

em progresso:

voluntariado (seja do que fôr); tatuagem (a pequena joaninha no tornozelo); a minha ginástica diária (estou a ficar satisfeita com os resultados).

dilemas [quase] desvanecidos

mais três meses e o Verão fará a sua habitual visita.


(Jane)

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

de há uns tempos para cá

que ando a ser influenciada pelo "baby boom" que surgiu à minha volta. Não que nunca tenha pensado nisso, au contraire. Quando era pequenina, de quando em vez, enchia as camisolas com roupas até parecer que tinha uma barriguinha aceitável e virava-me de lado para o espelho. E sorria, sonhando. Muitas mulheres idealizam desde muito novas o dia de casamento e, quando crescem, já têm quase todo o plano de como tudo vai ser, o vestido, as flores e as cores a usar, o sitio perfeito para a lua-de-mel e tudo o resto. Pelo contrário, eu nunca me prendi com isso. Enquanto muitas desfilavam em frente aos espelhos com cortinas ou lençóis na cabeça a fingir de véu, eu usava os tecidos para rechear as camisolas.

coisas

Sou uma cozinheira exímia!
Nem o cliché "a primeira panqueca* sai sempre mal" se aplica à minha pessoa.

*ou crepe, neste caso (com bacon e queijo)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

dar tempo ao tempo do tempo


(photografia por Jane)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

cheguei à conclusão

de que o meu blog é indisciplinado. De quando em quando resolve dar o seu ar de graça e fazer o oposto do que eu quero.

Museu Nacional de Arte Antiga

Entre quadros, quadros, quadros e quadros, gostei de estar frente-a-frente com o triptico de Hieronymus Bosch "As Tentações de Santo Antão". A visita ao meu preferido, "O Jardim das Delicias Terrenas", fica para quando houver uma escapadela ao Museu do Prado.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

coisas

Senhora da caixa – “são 16,48€”

Senhora de aparência pouco abastada, de bengala e de aproximadamente 65 anos – (conta o dinheiro, dá o que tem) “Olhe não tenho mais, esqueci-me do resto em casa!”

Senhora da caixa – “Então tire qualquer coisa que ache que não lhe faz falta”

Senhora de aparência pouco abastada, de bengala e de aproximadamente 65 anos – (sem perder tempo devolve o pacote de leite)


Fez-me confusão como é que se abdica dum pacote de leite (note-se que é um alimento nutritivo) para ficar com, por exemplo, uma lata de fanta ou com uma vela de cheiro, que eram algumas das coisas que constavam no carrinho de compras da senhora…

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Gosto especialmente de vestidos com exagerados decotes nas costas. Principalmente se as costas em questão forem as minhas.
Quero ser a casa de alguém.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

e que tal se as coisas corressem bem, pelo menos, no mais importante?!

já me disseram

(Jane)
que os meus olhos pareciam faróis, de tão brilhantes e felizes que estavam sempre. Apreciei.
Os últimos comentários aos meus olhos foram: "são grandes", "são rasgados" e "pareciam tristes". Não chega.

Uma vez, há muitos anos, ouvi uma mulher dizer para outra: "ele tem medo até da própria voz!". Até àquela altura nunca me tinha apercebido que é possível assustarmo-nos com a nossa própria voz, daí ter ficado com esta frase embutida na memória. Às vezes evoco-a e penso que sinto o mesmo que "ele". Não sempre, mas às vezes. Não é tanto pelo som da voz que quebra o silêncio do sossego em que estamos, passa mais por tornar audíveis os nossos pensamentos, por os ouvirmos com entoação, com um timbre mais grave ou mais agudo, como se fosse outra pessoa a reproduzir, com conhecimento, os nossos pensamentos. Assusta sim. Ao darmos voz aos pensamentos, estes passam a ter forma, parece que nos tornamos mais vulneráveis, com possibilidade de partilha mesmo sem intenção. Um risco que se corre. Assusta sim e também pode causar vergonha.

Ericeira


(photografia por Jane)

yesterday

Cortei ainda mais o comprimento dos fios que me pendem da cabeça. Apeteceu.

coisas

Algumas das muitas músicas que estão de braço dado com fases da minha vida. São as minhas eternas, as que me fazem parar e sorrir. Pirosas, muito antigas, lamechas, clichés mas, mais do que isso, estiveram presentes “lá”. São absolutamente um pouco minhas.

Shattered – The Cranberries

Zombie – The Cranberries

Tell me Why – Backstreet Boys

I Can’t Help Myself – The Kelly Family

Vulnerable – Roxette

How Do You Do - Roxette

High – Lighthouse Family

Lovefool – The Cardigans

Back for Good – Take That

Sozinho – Caetano Veloso

What a Wonderful World - Louis Armstrong

74, 75 – Connels

Streets of Philadelphia – Bruce Springsteen

Mmm Mmm Mmm – Crash Test Dummies

Aqui ao Luar – Resistência

Criaturas da Noite – Entre Aspas

Canonball – Damien Rice

Tears in Heaven – Eric Clapton

Please Be With Me – Eric Clapton

Somewhere Over the Rainbow/What a Wonderful World – Israel Kamakawiwo’ole

Tears and Rain – James Blunt

High – James Blunt

Heartbeats – José Gonzalez

(ficaram outras tantas por dizer)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008




Desculpem-me os outros amigos que não estão aqui, mas estão no coração (é porque não há fotografias)
"A amizade pode ter, como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, e uma necessidade de proteger e de ser protegido por outros seres da espécie. Faz parte da amizade não exacerbar os defeitos do outro e dividir os bons e maus momentos. Os melhores amigos muitas vezes se conhecem mais que os próprios familiares e funcionam quase como um "confessionário". Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade têm de ser depositadas. Os amigos sentem-se atraídos pelos outros pelo que eles são e não pelo que eles possuem. As verdadeiras amizades tudo suportam, tudo esperam, tudo crêem e tudo perdoam pelo simples facto de existir entre eles o verdadeiro amor."

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

o mundo...

... um dia hei-de conhecê-lo todo! Sozinha.

ugly duck


Porque às vezes todos nos sentimos um bocadinho assim.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

auf wiedersehen!

Centenas de loiros de pele cor-de-rosa e de cerveja em punho. Era assim que o Rossio se apresentava hoje. Eram alemães que vieram de propósito para o jogo Benfica vs. Nuremberga. Não gostei da forma como trataram a nossa praça do Rossio: garrafas de cerveja no meio da rua e da estrada, que gentilmente os senhores policias apanhavam com as suas mãozinhas sem darem um pio (gostava de ver se fosse com os portugueses); bandeiras do respectivo clube penduradas na estátua de D.Pedro; uns marmanjos em cima do mamarracho "amor" (se fosse um português lá em cima, gostava de ver o que os senhores da autoridade faziam) e já para não falar dos urros que os alemães davam em conjunto que se ouviam no chiado e no miradouro de S. Pedro de Alcântara (pelo menos). Teve uma certa graça ver os policias (que não eram poucos) de bolinha baixa.
Não sou benfiquista, mas só pela atitude dos alemães de "somos os melhores", obrigada Makukula!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

dia dos namorados

Detesto tudo, começando pelos casais melosos no meio da rua, que atrapalham o caminho a quem tem mais que fazer do que andar em marcha lenta a assistir a beijos hollywoodescos; detesto as almofadinhas encarnadas com, ou sem, rendinhas a dizer “amo-te” e “és o amor da minha vida”; chocolates em forma de coração e embrulhados em papel encarnado; as montras repletas de peluchinhos e peluches de tamanho XXL com palavrinhas amorosas na barriga (a montra da Funny dá náuseas). No dia seguinte como é? Ah, claro, discussões e tal. Pois, está certo.

É um dia piroso, ponto final.

Sam - You know what I do when I feel completely unoriginal? I make a noise or I do something that no one has ever done before. And then I can feel unique again even if it's only for like a second.

Garden State


Atonement - Joe Wright

“Querida Cecília,

a história pode continuar. A que eu tinha planeada para a caminhada daquela noite. Posso voltar a ser o homem que uma vez atravessou o parque Surrey ao anoitecer, no meu melhor fato, pavoneando-me com a promessa de vida. O homem que, com a clareza da paixão, fez amor contigo na biblioteca. A história pode continuar. Eu voltarei, encontrar-te-ei, amar-te-ei, casarei contigo e viverei sem vergonha.”

Ele nunca voltou.