Em sete meses, pela terceira vez. Mas, desta vez, os dois juntos a assistir a um concerto completo dela. Ela que, sem querer, fez parte das tardes de Setembro e de Outubro. Ela que me fazia companhia no ipod quando eu vinha a sorrir pelas ruas e com vontade de rodopiar. Ela que marcou o primeiro dia 26 e o primeiro beijo. Ela que parece que escreveu para nós e que ainda hoje serve de banda sonora àqueles que são os nossos momentos. Na primeira vez assisti ao concerto só a conhecendo de nome e apaixonei-me pelas músicas, pela presença, pelos movimentos dos braços e pelo cabelo de franja escuro e farto. Na segunda vez a companhia já era outra, estávamos os dois, ainda tímidos mas já apaixonados, a assistir à abertura que ela fez dum concerto a que fomos. Dessa vez já acompanhei as músicas e fiquei triste por não ter cantado a minha preferida. Agora, conto os dias para a terceira vez, daqui a um mês.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
Fazem-me perguntas difíceis. Pedem-me respostas para perguntas vitais. Querem saber o que fazer e, como se não bastasse, como o fazer. Não sei. Colocam nas minhas mãos sentimentos, dúvidas, receios e lágrimas. Relatam-me o que era antes e o que é agora. Ouço tudo, tento digerir, acompanhar o ritmo, dar as tais respostas, pôr-me no lugar de quem fala comigo. E até consigo fazê-lo, mas esgota-me. Porque fico com medo, pelos mesmos motivos. Acabo por engolir em seco. Comparo reacções, frases, atitudes. Minhas e as delas. São minhas amigas e custa-me. Mais perguntas. Não sei. E como poderei saber, se parte dos meus receios são precisamente aqueles? Tenho medo de dar respostas, de me mostrar segura de uma atitude quando, no fundo, já nem sei como iria reagir numa situação semelhante. Já não. Agora tudo depende, tudo é relativo. Não há respostas standard. Olho para o que tenho, para o que construímos nestes últimos meses e, baixinho, agradeço por tudo. Agradeço este instante, a sensação de fortaleza enquanto lá fora há uma batalha. O amanhã logo se verá.
7
Faz, que desse jeito
Só você sabe fazer
Olhos nos olhos
Tanta vida pra viver
Charminho doce
Pedacinho de você
Diz a frase certa
Só você sabe me abrir
É só assim
Que eu consigo descobrir
Como é gostoso
Me entregar e te sentir
É, quando se ama
A gente finge que não vê
Que o tempo passa
E mais um pouco de você
Melhor assim.
Bom pra você, melhor pra mim
E amanhã
Quem sabe a gente outra vez
Só mais uma vez
Amanhã talvez
Só mais uma vez
O amor que a gente fez
[Joanna]
sábado, 25 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
volta e meia
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Começo a sentir um cheirinho doce que se aproxima. Cheira a cores suaves. São nuvens húmidas que passam por mim, sem qualquer vergonha, e que me acariciam a pele da cara. Fazem-me cócegas por baixo dos pés e solto gargalhadas tímidas. Estico o braço e tento arrancar um pedaço da nuvem cor-de-rosa, que está mais pertinho, para guardar no bolso e lhe dar depois. Sei que ele ia fazer aquele sorriso mimoso e que os olhos iam brilhar por detrás daquelas pestanas que parecem saias de bailarina. As nuvens de cores suaves assustam-se com a trovoada e começam a chorar. Lá em baixo, as pessoas começam a andar mais depressa, vestem casacos e abrem chapéus-de-chuva. Vejo tudo lá de cima, inclinada em bicos-de-pés mas, com a vontade de querer ver tudo, desequilibro-me e caio. Na queda, sem me aperceber, a chuva molha o pedaço de nuvem cor-de-rosa que tinha no bolso e acaba por derreter. Chego cá abaixo triste, de mãos e bolsos vazios. Conto-lhe a história das nuvens de cores suaves, e do pedaço de nuvem cor-de-rosa que derreteu quando eu estava a cair. Ele faz o mesmo sorriso mimoso de sempre e vejo os olhos a brilhar por detrás das pestanas que parecem saias de bailarina e diz-me ao ouvido para não ficar triste porque, da próxima vez ,vamos os dois lá acima e aí eu não me vou desequilibrar nem cair porque vamos estar sempre de mão dada.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
domingo, 5 de abril de 2009
Atravessar a ponte só para ver um filme. Mimo surpresa com data de 1969. Mãos dadas que não se largam nem no intervalo. Atravessar a ponte de volta. Luzes muitas e de cores. Apercebo-me que a última vez que passei de noite pela ponte foi de avião. Proposta para cear gambas e poucos minutos depois dou por mim a entrar num restaurante, perto da uma da manhã. Chego a casa com sono, atiro-me para a cama e penso como pequenos pormenores tornam um dia quase normal num dia em cheio. Sei que adormeci com o coração quente e com mais certezas ainda.