terça-feira, 21 de setembro de 2010

O verão acabou hoje, para mim. E com o início do outono vem a nostalgia, as obrigações e a vontade de tornar palpáveis os planos mentais. São tantos meses ainda...

"Vou-te buscar. Agora. Prepara-te"

Dois Hondas Civic type-R transformados. Mais ideias para a tese. Juro que gosto disto. Ajudar a arrumar a casa, todas as divisões sem excepção. Desarrumar o sofá, o sitio de sempre. Recompor de novo. Ajudar a levar tudo para o carro mas de saltos altos não dá jeito carregar com pesos. Sempre desenrascada, como sou, descalço-me e deixo os sapatos num qualquer patamar enquanto levamos o lixo para a rua do lado. Corro descalça pela estrada, com sacos em cada mão. E nesse momento sinto-me tão puramente alegre. Solta. Diferente. Tudo no carro. O coração aperta e retorce-se. Felizmente os planos de partida à 1h prolongaram-se para as 3h. A ponte à noite, linda, que nos recebeu do outro lado no primeiro dia e que agora nos dá passagem para a rotina do costume. Abraço apertado. Não chega, porque nunca chega quando se adora. Aqueles olhos virados para mim, sorriso sentido.

Até Dezembro, dizes tu.

às 03:10 um bocadinho de mim foi para longe

Definitivamente não sei lidar com despedidas destas. Antecipo-as muito tempo antes e na hora H é como se me arrancassem parte da vida. Nunca sei o que fazer porque quero absorver tudo com os olhos, com os abraços, com o olfacto. Pareço uma louca a querer reter a maior quantidade de memórias sensoriais possível. Sinto sempre que ficou qualquer coisa por dizer, por fazer. E fica sempre. Fica sempre porque eu faço demasiados planos na minha cabeça. E depois não se cumprem porque eu não controlo tudo, e fico assim, com um sentimento de perda e de vazio.

domingo, 19 de setembro de 2010

Tenho aquele cheiro a Domingo na pele.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

continuo a não conseguir dormir em camas alheias

Acordada há mais de 36h e há 24h fora de casa. 7 pessoas numa casa, mais desconhecidas do que outra coisa. Jogos de cartas. Cozinhar algo indecifrável às 8h, comer e achar que é óptimo porque a fome é mais que muita. Tanto sono. Camas para todos. Sono. Jantar fora. Muito sono. Regressar à casa. Não descansar. Esquecer que há sono. Sair e pedir para acelerar cada vez mais porque tenho necessidade de adrenalina no corpo. Pena por não ser corajosa o suficiente para, minutos depois, estar numa auto-estrada com a máquina a passar os 200km/h. Queria. Ultimamente quero tudo. Muito.

domingo, 12 de setembro de 2010

procurar o meio-dia às duas da tarde.

O passado dói, no presente, de tão boas recordações que tem.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Agora mesmo, só precisava dum abraço. Um abraço silencioso que transbordasse compreensão e que me fizesse desacelerar os pensamentos tristes que se pavoneiam às 3H04 pela minha cabeça.
Não lido de ânimo leve com separações, sejam elas de que género forem. Despedir-me de alguém que vai para longe, sem sequer ter uma ideia de quando a vou voltar a ver, é forte de mais para mim. Principalmente quando a presença dessa pessoa me enche o vazio que sinto ultimamente. Preciso dos amigos perto.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Desta vez foi verdade, houve mesmo música e dança a um Domingo!

sábado, 4 de setembro de 2010

she wants to dance. she loves to dance.

Dá-me tanto gozo ter os músculos todos doridos por causa de duas longas noites de dança!

amigos que me aconchegam.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

retomar laços II

Há onze anos, de tanta vergonha que tinha só por estar perto, os meus olhos fitavam constantemente o chão, sem conseguir manter um olhos nos olhos. Toda eu vibrava quando a meio da aula me atirava pedacinhos de borracha ou quando copiavamos um pelo outro nos testes. Foi o meu primeiro beijo a sério e o meu primeiro desgosto de amor. Tinha eu 12 anos e achava que a vida não tinha nada de mais sério do que o nosso namoro. Foi o meu sweetheart do liceu e nunca mais o vi de outra forma durante os três anos seguintes. Acredito que o meu fascínio só terminou porque ele mudou de escola.

Hoje, atravessei o Tejo de barco sozinha e do outro lado lá estava ele. Aparentemente igual mas sem cabelo. Rapou porque está com entradas. O sorriso está lá, assim como os pormenores que antes sabia de cor mas que hoje se foram avivando na minha memória. Hoje, olhei-o nos olhos, as minhas mãos não tremeram de nervoso miudinho, mantivemos conversas que fui eu a iniciar e ainda o fiz rir.



Quem baixa âncoras também as consegue levantar.

Todas.