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domingo, 17 de maio de 2009

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008


Há uns dias descobri esta relíquia numa das prateleiras cá de casa. Encafuado por detrás de uns livros, à minha espera, estava O Retrato de Dorian Gray, a terceira edição, que custou vinte escudos. E digo que estava à minha espera porque as folhas ainda estavam fechadas, como era costume antigamente, para comprovar que o livro não tinha ainda sido usado. Folheei as páginas com um enorme cuidado, pois parecem folhas de árvore secas de Outono, quebradiças e amareladas. O cheiro é intenso, um cheiro que me lembra o escritório de casa dos meus avós, a papel velho. E por pensamento mágico achar que este livro estava destinado a mim, comecei-o a ler ontem. E sabe tão bem voltar a sentir aquele anseio por chegar a casa e estiraçar-me no sofá a ler uma história envolvente que nada tem a ver com os livros da faculdade...

sábado, 30 de agosto de 2008

azores X

Despedir da baía com um aperto no coração por não saber quando a vou ver mais. Absorver o cheiro. Absorver as cores. Pôr os óculos para ver melhor, para gravar melhor em mim. Piscar os olhos muitas vezes como se fosse uma máquina fotográfica para registar tudo. Irmos todos para o miradouro disparar e tentar subir ao farol. Guerra de flores, apanhadas pelo caminho, entre os nossos dois carros. Subir ao ponto mais alto da ilha e ter medo de olhar para baixo. Sentir que o vento me pode derrubar dali e que não posso cair. O verde. O azul. Os pontinhos brancos que são as casas.





quinta-feira, 28 de agosto de 2008

azores



azores VI

Praia de boleia com o R. Fotografar. Dizerem-me para ir à câmara municipal apresentar as minhas fotografias. Mudar de instalações à pressa. Odisseia para jantar com o R. O primeiro restaurante estava fechado de folga, o segundo não servia refeições (só se tivessemos chegado cinco minutos mais cedo), o terceiro também não (só se tivessemos chegado dez minutos mais cedo). Optar por ir para o bar da praia que serve hamburguers. Comer até rebentar. Música ao vivo no bar rente à praia dos Anjos. Ouvir covers por uma banda micaelense. Mais pessoas conhecidas que me falam e que ainda se lembram do meu nome. Olhares que derivam de boatos.




azores V

Passeio rápido a contra-relógio à baía [a minha baía] por especial favor do amigo reencontrado. Respirar fundo antes de virar a esquina cá de cima, encarar a paisagem colossal que parece uma aguarela. Alguma decepção devido a algumas mudanças, mas todos os locais essenciais estão lá, praticamente intactos. Não pensar em nada, sair do carro, disparar fotografias por todo o lado para absorver a paisagem de todas as formas possíveis porque os sentidos não chegam: retina, cheiro, tacto, fotografias. O cheiro que não consigo decifrar está lá. Está em muitos sitios, mas principalmente lá. Não consigo desvendar, mas inalo-o conscientemente vezes seguidas. Ver o mar límpido, transparente, azul claro e escuro cá de cima. Descer as escadas da praia com o único objectivo de mergulhar naquela água. Ainda me lembro do sitio das rochas. Uma de cada lado, compridas, e a da direita tem uma argola na ponta. Só se pode tomar banho no meio. Sinto-me em casa, como se o mar me cumprimentasse e a areia quisesse penetrar-me na pele para sempre. Procuro no muro alto, feito de pedra sobre pedra, uma pedrinha solta para trazer no meu bolso. Encontro uma e tenho o desejo secreto de que ela lá esteja já há muitos anos e parece que sim, pelo tom.

Café depois de jantar com outro reencontrado. Pôr a conversa em dia. Porco-espinho na estrada. Pedir para parar o carro para eu poder sair e ir ver o animal de perto. Os meus olhos a brilhar porque nunca tinha visto um porco-espinho de perto. É igual aos desenhos das histórias infantis.




azores III

Decepcionar-me. Respirar fundo. Pensar outra vez em mim. Reencontrar-me com a I. na ilha novamente, quatro anos depois. Rir. Experimentar roupas góticas. Admitir que até me ficam bem. Praia e mar. Nadar para longe, virar-me para trás e deslumbrar-me com a paisagem estonteante. Por mais que o faça, a reacção será sempre a mesma. Banhar-me no mar limpido, morno e azulão. Sair e ter a areia aveludada e escura agarrada aos pés. Fotografar.



quarta-feira, 27 de agosto de 2008

azores II

Percorrer as ruazinhas mais antigas da vila, feita turista, de máquina fotográfica na mão e mochila às costas.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

sexta-feira, 23 de maio de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008



Da minha janela vejo a lua a crescer.


(photografias por Jane)

sábado, 2 de fevereiro de 2008