quarta-feira, 9 de julho de 2008

o perdão

É costume ouvir-se dizer – “perdoei mas não esqueci”. Nada de mais errado psicologicamente, e portanto produto de uma convicção ilusória. O animal homem esquece, mas raramente perdoa. E simplesmente perdoar as ofensas sofridas não é a atitude psicológica mais correcta e saudável. (…) Para perdoar é preciso previamente ter acusado. Só depois de acusar, mover o processo de inculpação, é possível o perdão, a amnistia, a clemência.

Acusar não é condenar, é esclarecer. A reconciliação com o inimigo de outrora só é viável – quando o é – após a libertação do ódio e ressentimento contidos. Com falso perdão ou pseudo-reconciliação não se constrói bem-estar psíquico nem bom relacionamento.

(…) há ofensas que não se podem nem se devem perdoar – o respeito por si próprio e a dignidade a que cada um tem direito traçarão o limite do perdoável. Nem sempre o perdão é necessário à saúde mental e social; pode ser inconveniente.

in Mais Amor Menos Doença

António Coimbra de Matos

terça-feira, 8 de julho de 2008

evitamento

O impasse custa, as dúvidas ferem, mas ouvir um não redondo pode ser um abanão forte de mais.

coisas

o que é bom: abrir o congelador de noite e tirar um magnum de amêndoas.

(as)simetria


(Jane)

dúvidas

E se um dia não tiver resposta para as perguntas dificeis da pessoa sentada do outro lado?
Hoje sinto-me pequenina e posta a um canto.
Amanhã é outro dia.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Encolhida sou quase do tamanho dela.

(Jane)
Esta não me pertence, mas é de quem me ofereceu a minha guitarra.

Quero tocar.
A minha impaciência característica e a falta de jeito não me deixam ir mais além.
Ralho comigo.

sete do sete

and so what?!

Como dizia Freud,

não nascemos e morremos uma única vez: estamos constantemente a nascer e a morrer ao longo da nossa existência. A meu ver, os tais nascimentos podem ser pelas mais pequenas coisas, pelos mais pequenos prazeres e, na maior parte das vezes, com direito a morrer logo logo em seguida, para depois voltar a nascer. Nascemos, se formos pessoas mentalmente sadias, sempre com mais força, sempre com mais experiência, com outro olhar perante o resto, para melhor ou para pior, mas nunca igual ao anterior. Contudo, quem me dera ter todos estes nascimentos sem ser preciso passar pelo outro lado da moeda.

primeiro, deste lado.

Sei que vou querer que aqueles quarenta ou cinquenta minutos de quinta-feira estiquem como um balão, porque tenho tanta, tanta coisa para contar... Estou com muita vontade de chegar lá e desbobinar todos os meus fantasmas, tudo aquilo em que penso, as minhas dúvidas e os meus medos, mesmo os mais recôndidos. Tenho uma curiosidade imensa em saber como é estar deste lado e vou tentar aprender e absorver tudo pelos olhos e pelos ouvidos para que, daqui a uns tempos, possa estar do outro lado da mesa com toda a confiança deste mundo. Mas sempre com a simplicidade suficiente para nunca dar nada como garantido.

Admito que nos últimos tempos a paixão pela futura profissão que escolhi apoderou-se de mim de um modo mesmo intenso, como nunca tinha sentido.

domingo, 6 de julho de 2008

Apetecem-me flores.

oferecidas.

solzinho bom

para usar e abusar dos vestidos e sentir-me leve leve.

sábado, 5 de julho de 2008

e mais,

tal como quero devorar livros, também me quero pôr em dia com os filmes. Começando já hoje. Bendito vizinho do lado.

nestas férias

quero comprar livros até ir à falência.
Tenho fome de livros.

(photografia por Jane)

Espreitar um fim de tarde através dos troncos que parecem desenhados a tinta da china.


sexta-feira, 4 de julho de 2008

coisas

Hoje acordei com vontade de ter o meu cabelo comprido outra vez, com as ondulações naturais e com os laivos de castanho mais claro por causa do sol e do sal da praia, tal como no verão passado. Ou de ter o meu cabelo comprido e esticado, pintado de castanho bem escuro e com franja como tinha ha uns meses.
Tenho saudades dos meus cabelos antigos.

LICENCIADA!!!

Segue-se o mestrado em Psicologia Clinica.

dentro da barriga

Ando em pulgas, a minha cabeça está a mil, só faço contas e imagino como será quando a barriga começar a crescer, como será quando o bebé começar a dançar lá dentro, o cheirinho único a bebé, as mãos minúsculas e o corpinho frágil.
Ontem entrei em duas lojas para comprar qualquer coisinha básica para o enxoval, mas só havia babygrows em cor-de-rosa (apesar de ter esperança que seja rapariga prefiro não arriscar) ou em azul. Sei que sou uma precipitada, ainda nem se fez a ecografia e ainda faltam uns mesinhos para saber, mas estou tão contente que me apetece já tudo, apetece chegar ao calendário e rasgar as folhas até chegar o mês de Março.

...

As notas deslizam para fora das colunas ao compasso da música. Enrolam-se nos meus pés, nas mãos e modelam-me o corpo conforme lhes apetece. Sou inteiramente dominada e mesmo assim sinto-me livre. Mais livre do que nunca.

Se

Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas de amor se eternizassem.


Sophia de Mello Breyner Andresen

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Agora que estou quase oficialmente de férias, sabe-me tão bem retomar a minha ginástica matinal que esteve parada devido aos exames.
Quero saltar de uma falésia, inspirar o cheiro a maresia, abrir os braços e voar.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

apetecia-me estar assim


(Jane - Porto 2006)

terça-feira, 1 de julho de 2008

positivo!!!


Estou radiante, mas ainda é cedo para maiores manifestações.
Até lá, espero que tudo corra lindamente.
feliz feliz feliz!
"Temos algo."